O “Discurso do Método” foi a obra em que Descartes lançou as bases do pensamento que viria modificar toda a história da filosofia. Alguns anos depois suas ideias foram retomadas nas “Meditações”.
O filósofo estava disposto a encontrar uma base sólida para servir de alicerce a todo conhecimento. Na época, a filosofia não se distinguia das outras ciências e o livro deveria ser uma introdução para três escritos científicos, voltados para a meteorologia, a geometria, e o estudo do corpo humano
O Método cartesiano, criado por René Descartes, consiste no Ceticismo Metodológico – duvida-se de cada ideia que pode ser duvidada. Descartes institui a dúvida: só se pode dizer que existe aquilo que possa ser provado. O próprio Descartes consegue provar a existência do próprio eu (que duvida, portanto, é sujeito de algo – cogito ergo sum: penso, logo existo), considerando o ato de duvidar como indubitável.
Também consiste o método na realização de quatro tarefas básicas:
-
verificar se existem evidências reais e indubitáveis acerca do fenómeno ou coisa estudada;
-
analisar, ou seja, dividir ao máximo as coisas, em suas unidades de composição, fundamentais, e estudar essas coisas mais simples que aparecem;
-
sintetizar, ou seja, agrupar novamente as unidades estudadas em um todo verdadeiro; e
-
enumerar todas as conclusões e princípios utilizados, a fim de manter a ordem do pensamento
Um comentário sobre “Filosofia: o Método de René Descartes”